Travessia dos Lençóis Maranhenses

NordesteMaranhão1 mês atrás94 Visualizações

Um roteiro de sete dias começando pelo Poço Azul e passando pelas Lagoas Emendadas

Informações

Para conhecer sobre o projeto TemTrilha, visite a página Sobre.

Uma jornada de 90 km pelos Lençóis Maranhenses em 7 dias — de Atins a Santo Amaro, de forma autônoma, carregando comida e equipamentos.

Ao contrário da rota tradicionalmente utilizada por guias e trekkers, esta travessia adota um trajeto alternativo, sem passar pelo Canto de Atins.

O percurso inicia no Poço Azul, segue pelas lagoas Tropical e do Gavião até a Baixa Grande. Em seguida, inclui pernoite na Queimada dos Britos e finaliza em Santo Amaro do Maranhão, passando pelas Lagoas Emendadas.

Apesar de o ICMBio recomendar a presença de guias em travessias, a contratação ainda não é obrigatória. Porém, só faça sozinho se tiver experiência em navegação com GPS ou mapa e bússola. O risco de se perder é real. Para saber mais detalhes, veja a seção Guia nos Lençóis Maranhenses: é obrigatório?.

Neste relato, você encontrará informações práticas sobre a logística da travessia — travessia dia-a-dia, ir com ou sem guias, navegação pelas dunas, melhor época, custos, como chegar, contatos, além de dicas sobre o que esperar ao longo do caminho, as principais dificuldades e tudo que pode ajudar no planejamento da sua caminhada.

Os Lençóis Maranhenses formam o maior campo de dunas da América do Sul e, para proteger esse ecossistema singular, foi criado, em 1981, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Recentemente, o parque foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural e Patrimônio da Humanidade, consolidando sua importância no cenário nacional e internacional.

A cada ano o número de visitantes só aumenta. Em 2024, o parque recebeu cerca de 440 mil visitantes, tornando-se o sexto mais visitado do Brasil.

Seja em passeios de carro ou em longas caminhadas, o destino atrai desde turistas em passeios de um dia, até aventureiros que desejam uma experiência imersiva através das travessias.

Com aproximadamente 155 mil hectares — área semelhante ao município de São Paulo — a região está em constante transformação.

Nas áreas mais próximas ao mar, pelo fato do vento ser mais forte, as dunas chegam a ser deslocadas em até 20 metros por ano. No período das chuvas, o lençol freático é elevado, formando milhares de lagoas temporárias.

Essa dinâmica natural contribui para a formação de lagoas, o que torna possível a incrível experiência de caminhar por dias em meio a dunas.

Apesar de muitas vezes ser chamado de “deserto”, os lençóis abrigam um ecossistema vivo e diverso, com dunas, rios, lagoas e manguezais.

A fauna do parque é rica e variada, incluindo aves residentes e migratórias, além de peixes e crustáceos que sustentam a cadeia alimentar local. Entre as espécies ameaçadas, destaca-se a tartaruga-pininga (Trachemys adiutrix), réptil endêmico do Maranhão e símbolo do parque.

Ao contrário do que muitos imaginam, a flora do parque é bastante rica e adaptada às condições locais, com espécies capazes de resistir ao clima e aos solos arenosos. Essa vegetação não só colore a paisagem, como também fornece abrigo e alimento, sustentando uma ampla diversidade de vida em contraste com os desertos clássicos.

Guia nos Lençóis Maranhenses: É Obrigatório?

Se você está planejando uma travessia pelos Lençóis Maranhenses, provavelmente já se perguntou se a contratação de guia é obrigatória.

Essa é uma dúvida comum pelo fato do parque ser uma área de preservação ambiental, administrada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), existem regras específicas para visitação.

O plano de manejo, principal documento de orientação, traz a seguinte diretriz:

A visitação com acompanhamento de condutor ou guia será recomendada e incentivada pela unidade, conforme normas institucionais vigentes.

Isso significa que, de forma geral, a presença de um guia não é obrigatória em todas as situações. É possível visitar o parque sem condutor, especialmente em passeios mais curtos ou nas áreas mais próximas às cidades de acesso, como Barreirinhas, Atins e Santo Amaro.

Por outro lado, em travessias longas ou roteiros pelo interior do parque, o ICMBio recomenda fortemente o acompanhamento de condutores locais. Entretanto, ainda nesse tipo de visitação não existe obrigatoriedade de contratar um condutor.

Essa recomendação existe por boas razões: o risco de se perder é real, pois não há sinalização, a paisagem é repetitiva e não existem pontos de referência claros, bem como o terreno é amplo e distante dos arredores. Dessa forma, um roteiro de travessia deve ser feito apenas por pessoas experientes.

O acompanhamento de um condutor local torna a experiência mais rica, já que eles compartilham histórias, curiosidades e informações sobre a fauna, a flora e a cultura da região. Vale destacar ainda que isso contribui para a geração de renda das comunidades que vivem dentro e no entorno do parque, ajudando a fortalecer o turismo sustentável.

Mesmo assim, se você sabe exatamente o que está fazendo e ainda assim quiser ir por conta própria, saiba que ainda não é obrigatório contratar guia.

Em resumo, segundo o ICMBio:

  • Travessias longas → guia é altamente recomendado;
  • Passeios curtos → guia é opcional, mas recomendado;

A travessia que relato aqui foi feita sem guia, dormindo tanto nos redários como nas áreas de dunas. O percurso foi bem diferente da rota tradiconal que é comumente realizada por agências, guias e trekkers. A princípio, não encontrei relatos de travessias por esse caminho, dessa forma teve um caráter exploratório.

Basicamente utilizei um tracklog de referência e waypoints das lagoas e dos oásis que eu iria visitar. A maior parte do tempo, dispensei o tracklog e naveguei usando o GPS me orientando com a direção de rumo até determinado waypoint de interesse.

Utilizei grandes lagoas famosas como waypoints, pois são mais dificéis de sofrerem mudanças com o tempo, como a Lagoa do Gavião, Lagoa das Esmeraldas e a Lagoa Tropical.

Durante o percurso, eu ia vendo o melhor caminho com base na elevação das dunas. Utilizei sempre as partes mais baixas delas e os locais onde a areia era mais firme.

Um ponto importante a considerar é o movimento natural das dunas provocado pelos ventos. As dunas do interior do parque sofrem menos alterações do que as próximas ao mar, porém podem avançar entre 4 e 10 metros por ano. A força do vento nessa região é menor, o que reduz o deslocamento.

Caso utilize tracklog, o ideal é utilizar arquivos dos últimos dois a três anos, pois nesse período, pegará poucas mudanças nas dunas.

A localização do GPS combinada com o tracklog não será perfeita, mas o percurso ainda serve como referência para encontrar caminhos alternativos. Observe que, dependendo do aparelho, a precisão do GPS costuma ser de até 10 m, o que equivale a distância média que algumas dunas mudam por ano no interior do parque.

Ainda que elas mudem com o tempo, um tracklog com até cinco anos de uso ainda continua sendo uma ferramenta útil e eficaz para orientar a direção da caminhada.

Outra alternativa ao tracklog, é usar waypoints de lugares que não sofrem muita mudança com o tempo. Como exemplos, temos as grandes lagoas do interior como a Lagoa do Gavião, Lagoa da Gaivota e a Lagoa Tropical, além dos oásis da Baixa Grande e da Queimada dos Britos que sofrem poucas mudanças no decorrer dos anos.

Este método é para quem busca uma experiência de navegação mais “selvagem”, sendo possível dispensar o tracklog e navegar apenas com waypoints. No entanto, essa opção exige bastante experiência: é fundamental dominar as técnicas de navegação e saber exatamente o que está fazendo.

Utilize uma redundância do aparelho de geolocalização. Por exemplo, dois celulares ou um aparelho de GPS dedicado junto com um celular ou com um relógio que tenha opção de navegação. E sempre sempre navegue offline. Mesmo com GPS, complemente com bússola e mapa. Muita gente leva carta impressa da região para ter noção geral do rumo.

Ainda assim, a recomendação é clara: apenas pessoas com prática em navegação por GPS e/ou carta e bússola devem se aventurar em travessias autônomas pelo parque. Os Lençóis Maranhenses são belíssimos, mas também podem se revelar desafiadores para quem não tem segurança em se orientar em áreas remotas.

Qual a melhor época para visitar os Lençóis Maranhenses?

A escolha da melhor época para visitar depende do período das chuvas e do movimento de turistas.

Entre janeiro e maio acontecem as chuvas que abastecem as lagoas, transformando a paisagem. Já de junho a novembro é a época que chove menos, porém as lagoas costumam ficar cheias até meados de agosto.

Os meses a partir da metade de maio, junho e julho é quando as lagoas estão cheias e atingem seu nível mais alto de beleza, além do índice de chuvas ser baixo. Agosto também costuma ser uma boa opção, desde que o período chuvoso tenha sido dentro da média.

Em setembro, ainda é possível encontrar lagoas com água, mas a quantidade e o volume dependerá das chuvas daquele ano. Em Outubro encontrará muitas lagoas secas ou com pouca água, principalmente no trecho entre Atins e a Baixa Grande.

Em relação ao turismo, os meses com maior movimento são janeiro, junho e julho. Janeiro e julho se destacam por coincidirem com as férias escolares — e julho, em especial, concentra o maior número de visitantes por unir férias e lagoas cheias.

De forma geral, os melhores meses para visitar são da segunda quinzena de maio até o final de junho, quando as lagoas estão cheias e o movimento é menor. Agosto também pode ser excelente, dependendo do regime de chuvas. Já julho também pode ser considerado um bom mês, mas é essencial reservar com antecedência as hospedagens nas cidades e nos redários devido à alta demanda.

Se preferir menos movimento, opte pela segunda quinzena de maio e os meses de setembro e outubro. No final de maio, encontrará as lagoas cheias, porém, entre setembro e outubro terá muitas lagoas secas ou com pouca água.

Atente para o fato que mesmo no período seco (junho a setembro), ainda pode haver chuvas rápidas. Durante os sete dias da travessia, por exemplo, em dois dias caíram garoas leves, suficientes para molhar a mochila. Por isso, sempre leve proteção para seus equipamentos.

Custos da Travessia nos Lençóis Maranhenses

Tive alguns custos básicos que podem servir de referência para seu planejamento. Claro que os valores podem variar conforme a época, o tipo de hospedagem, mas seguem os principais:

Transporte

  • Ônibus de São Luís para Barreirinhas: R$ 65;
  • Barco de Barreirinhas para Atins: R$ 150 (usada a opção com passeio, para mais detalhes veja a seção Como chegar);
  • Van de volta para São Luís (Santo Amaro para São Luís): R$ 150;

Hospedagem

  • Pousada em Barreirinhas: R$ 300 (quarto duplo);
  • Redários nos oásis dentro do parque:  R$ 70 (incluso café da manhã);

Alimentação

  • Almoço ou Jantar nos oásis: R$ 70;

Como Chegar a Atins: Ponto de Partida da Travessia

O povoado de Atins, às margens do calmo Rio Preguiças, é um dos pontos de partida para quem deseja atravessar os Lençóis Maranhenses de Atins a Santo Amaro.

Pertencente ao município de Barreirinhas, o vilarejo combina simplicidade e recebe milhares de visitantes todos os anos. A variedade de hospedagens, tanto em Atins quanto em Barreirinhas, revela o quanto a região se tornou um destino de destaque no Maranhão.

De São Luís até Barreirinhas

O trajeto entre São Luís e Barreirinhas tem cerca de 250 km e pode ser feito de duas formas:

  • Ônibus regular – saem da rodoviária de São Luís em diferentes horários ao longo do dia. A passagem custa a partir de R$ 65 e a viagem dura em média 5 horas. Foi a opção que escolhi;
  • Transfers (vans ou micro-ônibus compartilhados) – com saídas frequentes, pegam o passageiro diretamente no hotel ou pousada em São Luís. O valor custa a partir R$ 95 e a duração é menor, cerca de 4 horas;

👉 Dica importante: nos meses de junho, julho, agosto e feriados prolongados, a procura é muito alta. Reserve seu transporte com antecedência (veja a seção Contatos para conhecer algumas empresas).

De Barreirinhas até Atins

A forma mais comum de chegar a Atins é pelo Rio Preguiças, em barcos rápidos conhecidos como voadeiras. Existem duas opções:

  • Transporte direto até Atins – feito por algumas operadoras, geralmente com saída ao meio-dia. A viagem dura cerca de 1h30 e custa em torno de R$ 80;
  • Passeio pelo Rio Preguiças – além do transporte até Atins, o barco faz três paradas para visitar os povoados de Vassouras, Mandacaru e Caburé. Sai mais cedo e custa aproximadamente R$ 150;

Assim como no trajeto de São Luís a Barreirinhas, em alta temporada é essencial reservar sua vaga com antecedência.

De Santo Amaro de volta a São Luís

No final da travessia, em Santo Amaro do Maranhão, não há linhas regulares de ônibus. A volta só pode ser feita em vans ou micro-ônibus compartilhados. Os valores são tabelados: R$ 150 por pessoa.

Travessia dos Lençóis Maranhenses

Este roteiro apresenta uma travessia de 90 km pelos Lençóis Maranhenses, realizada em 7 dias, partindo de Atins e finalizando na cidade de Santo Amaro do Maranhão. O percurso passa pelo Poço Azul e as Lagoas Emendadas, sendo feito de forma autônoma: cinco noites acampando nas dunas e duas nos oásis.

Até chegar à Baixa Grande, o trajeto é diferente da rota tradicional, geralmente utilizada por trekkers, guias e agências. Em vez de começar pelo Canto de Atins, a travessia iniciou um pouco mais ao sul, passando pelo Poço Azul, para então seguir até a Baixa Grande. A princípio, não encontrei relatos de travessias por esse caminho, dessa forma teve um caráter exploratório.

Nesse setor, o percurso passa por lagoas famosas como a Lagoa do Gavião, Lagoa das Esmeraldas e a Lagoa Tropical, além de um outro poço, o Poço Verde.

Foram quatro dias até o oásis da Baixa Grande, sendo todas as pernoites (3 noites) em acampamentos selvagens no meio das dunas. A quarta noite foi no oásis da Baixa Grande, e a quinta noite no oásis da Queimada dos Britos. Em seguida, houve mais uma pernoite nas dunas, para chegar em Santa Amaro.

Ao contrário do que possa parecer, a caminhada pelas dunas não é monótona e até mesmo pelas áreas e dunas a paisagem muda. A variedade de dunas e dos tons e formatos das lagoas é tão grande que, mesmo passando vários dias caminhando, a paisagem é sempre diferente.

Nos dias de travessia onde se caminha para chegar e sair dos oásis (dias quatro, cinco e seis), não foram avistados veículos de turismo nem visitantes, proporcionando uma rara sensação de isolamento nos Lençóis.

Nessa parte do percurso, adentramos a área conhecida como Zona Primitiva do parque, uma região de proteção criada para englobar as áreas de vegetação de restinga do interior do parque.

A área inclui os oásis da Baixa Grande e da Queimada dos Britos, bem como seu entorno. Nela, a visitação é restrita a pé, com acesso permitido apenas de forma a causar impacto mínimo. É proibido o uso de veículos motorizados, exceto em casos excepcionais de emergência, conduzidos pelas comunidades locais. Somente os veículos dos moradores podem circular para manter a infraestrutura dos oásis.

Quanto às travessias de lagoas, na maior parte dos dias elas não foram necessárias. No sexto dia, no entanto, cruzamos várias lagoas rasas, com água chegando, no máximo, abaixo do joelho, acrescentando um toque de aventura e frescor à caminhada.

Dia 1: Atins ao Poço Azul 

Distância: 7 km | Elevação: 21 m

A caminhada começa a partir de onde o barco parou em Atins. Apesar da areia fofa e quente durante o trajeto pelo vilarejo, a trilha manteve-se tranquila, com alguns pontos de sombra ao longo do caminho. Esse foi, inclusive, o único dia em que a areia estava realmente quente; nos dias seguintes, o calor da areia concentrou-se apenas nas descidas das dunas.

A ida até Barreirinhas foi feita de ônibus e foi feita no dia anterior. No manhã seguinte, logo cedo, houve uma parada estratégica na loja Isopor e Companhia para comprar os cartuchos de gás. A chegada em São Luís foi do sábado para o domingo e não havia nenhuma loja do segmento aberta. Felizmente, essa loja em Barreirinhas evitou um contratempo maior. Foi até melhor assim.

Após o café da manhã em uma padaria do centro, o destino foi o píer, de onde partem as voadeiras para Atins. Como descrito na seção Como Chegar, é possível seguir direto ou fazer o percurso com três paradas para conhecer os povoados às margens do rio. Optou-se pela segunda alternativa, aproveitando para explorar mais a região.

A saída do barco ocorreu às 08:30, com chegada em Atins por volta das 14:00. No desembarque, a presença de veículos 4×4, conhecidos como jardineiras, era marcante. Nos Lençóis Maranhenses, esse termo designa jipes ou carros adaptados com bancos traseiros para transporte de turistas.

Apesar de circularem apenas em áreas autorizadas, sendo proibida a entrada em regiões de oásis, na zona primitiva, em alguns trechos da travessia foi possível observar o movimento constante desses veículos pelas dunas.

A caminhada começou na margem do Rio Preguiças, em Atins, local bastante movimentado por servir de ponto de embarque, desembarque e encontro dos carros que levam turistas às dunas. Para quem prefere não caminhar, é possível contratar um desses veículos até mais próximo do Poço Azul. Neste caso, optou-se pelo trajeto a pé, o que permitiu conhecer melhor o povoado.

Com as mochilas nas costas, a trilha seguiu rumo ao Poço Azul. O percurso, quase todo em estrada de areia fofa e quente, apresentava pouco vento, aumentando a sensação de calor. O caminho atravessa o centro de Atins, compartilhando espaço com carros e quadriciclos. Após cerca de uma hora e meia, a zona urbana ficou para trás e os últimos 3,5 km revelaram-se mais tranquilos, com bem menos tráfego.

A chegada ao Poço Azul ocorreu por volta das 16:00. A primeira providência foi armar a barraca. O poço recebe águas do rio Santo Inácio e deve seu nome à tonalidade azulada — que em determinados ângulos se mostra esverdeada. Há ainda uma pequena queda d’água formada pelas lagoas ao redor, embora, naquele período, o rio estivesse quase seco. Em anos mais chuvosos, a cachoeira costuma se manter até meados de junho.

O local também serviu para o abastecimento de água, fundamental para cozinhar e para uso no acampamento. O fim do dia foi dedicado a descansar e contemplar a paisagem única dos Lençóis Maranhenses.

Dia 2: Poço Azul ao Primeiro Acampamento nas Dunas

Distância: 14 km | Elevação: 211 m

Nesse trecho começa a caminhada pelas dunas. A primeira parada foi na Lagoa Tropical, apesar de ser uma das mais visitadas, estava tranquila sem ninguém. O dia seguiu com presença constante de veículos e paradas na Lagoa da Esmeralda e no Poço Verde. Há uma sombra de um cajueiro pelo caminho

Aqui a caminhada se transformou, quando as dunas surgiram entre lagoas e areias brancas. Pelo caminho, destacam-se lagoas famosas como a Lagoa Tropical, a Lagoa da Esmeralda e o Poço Verde. Também foi um dia marcado pela presença constante de veículos circulando pelas dunas.

A primeira parada foi na Lagoa Tropical. O trajeto inicial seguiu ainda em meio à vegetação de restinga e, por volta do km 2, as primeiras dunas começaram a surgir no horizonte. Logo em seguida, a lagoa apareceu. Ao longe, já era possível avistar carros e quadriciclos, um movimento que se manteve durante todo o dia.

Localizada a cerca de 3 km do acampamento, a Lagoa Tropical é uma das mais visitadas dos Lençóis. Apesar da popularidade, o horário ainda cedo garantiu um momento de tranquilidade no local vazio. Dali, o caminho seguiu para a Lagoa da Esmeralda e o Poço Verde, situados próximos um do outro.

Após algumas subidas e descidas de dunas, a visão de carros estacionados a frente indicava a proximidade da Lagoa da Esmeralda. Em poucos minutos, a lagoa surgiu, bela, já com alguns turistas aproveitando o banho refrescante.

A partir desse ponto, foi feito um desvio para a direita a fim de visitar o Poço Verde. O local estava completamente vazio, proporcionando um banho tranquilo. O poço é amplo, raso e lembra bastante o Poço Azul do dia anterior. Também possui uma pequena queda d’água que aparece apenas durante os meses de cheia.

Após a pausa, o trajeto retornou à rota da travessia. O almoço aconteceu às margens de uma lagoa, onde também foi possível descansar e repor água. Cerca de 2 km depois, a sombra de um cajueiro marcou a última pausa antes de enfrentar novamente o sol intenso das dunas.

A caminhada seguiu em direção à Lagoa do Gavião, um dos pontos mais procurados da região, acessível apenas no dia seguinte. Até lá, o cenário foi dominado por areia e sol, sem lagoas de destaque. Mais adiante, a presença de carros de passeio no horizonte indicou a aproximação de um setor com lagoas mais bonitas.

A mudança na paisagem foi imediata: águas esverdeadas e azuladas voltaram a aparecer. A primeira lagoa estava ocupada por turistas, então o acampamento foi montado em outra lagoa próxima, completamente vazia.

Armar a barraca nos Lençóis exige alguns cuidados para garantir conforto e evitar problemas com a areia fina caindo em cima de você. Sempre que possível, prefira montá-la próximo às lagoas, onde o solo é mais compactado e menos propenso a levantar poeira.

Observe também a direção do vento: evite áreas onde a direção do vento carrega a areia solta. O ideal é priorizar locais em que ele sopra na direção de superfícies mais compactadas, reduzindo a chance de a areia entrar na barraca ou em você.

Utilize sempre espeques maiores, que oferecem mais estabilidade mesmo em dunas com vento forte, evitando que a barraca se solte durante a noite. Utilizei espeques no tamanho de 23 cm que serviram muito bem.

Outra recomendação importante é compactar bem o solo com os pés nos locais onde for fincar os espeques da barraca. Isso garante a estabilidade, aumentando a firmeza da fixação.

No final do dia, uma subida até a duna em frente ao acampamento revelou um pôr do sol inesquecível sobre os Lençóis Maranhenses, encerrando a jornada em grande estilo.

Dia 3: Primeiro Acampamento nas Dunas ao Segundo Acampamento nas Dunas

Distância: 13 km | Elevação: 254 m

Nesse dia, a rota seguiu mais para o interior do parque, em direção ao oásis da Baixa Grande. No caminho, houve passagem pela famosa Lagoa do Gavião e por outras lagoas próximas. Tanto neste dia quanto no seguinte, não foram avistados veículos de turismo nem visitantes, proporcionando uma rara sensação de isolamento nos Lençóis. Foi o momento de ingresso na chamada zona primitiva do parque, onde a visitação é restrita a caminhadas a pé e o acesso deve ocorrer com impacto mínimo.

A saída ocorreu cedo, antes das 8h, com chegada rápida à Lagoa do Gavião. Com sorte de encontrá-la ainda vazia, aproveitamos para tomar banho e tirar fotos, com a sensação de exclusividade. Mas essa tranquilidade durou pouco: logo começaram a chegar dezenas de carros e até fila se formou para fotografar na placa da lagoa.

A caminhada prosseguiu para o setor sul, explorando lagoas maiores de águas azuladas, ainda que em um desvio parcial da rota principal da travessia. No início da tarde foi feita uma pausa para almoço e descanso, utilizando um tarp para amenizar o calor. O deslocamento recomeçou por volta das 15h.

Na sequência, a direção foi ajustada para noroeste, novamente em sentido a Baixa Grande. As lagoas tornaram-se cada vez maiores e mais azuladas, enquanto as dunas passaram a apresentar areia mais clara, fina e seca, composta predominantemente por quartzo. A ausência de vegetação e de sinais humanos reforçava o aspecto preservado da paisagem.

Durante a tarde, foi alcançado um dos pontos mais marcantes da travessia: um extenso e alto passo entre duas lagoas, de grande impacto visual. O local serviu como ponto de contemplação do pôr do sol, com subida a uma das dunas mais altas da travessia, possivelmente entre as maiores de todo o parque. Uma beleza difícil de descrever. Visto de longe, já revelava a grandiosidade da natureza e nossa pequenez diante dela.

Após o anoitecer, a jornada continuou em direção ao ponto de pernoite. O deslocamento noturno durou cerca de 1h30, iluminado pela luz das estrelas e, em alguns momentos, pelo uso de lanternas. O dia foi encerrado com acampamento às margens de uma lagoa tranquila, marcando a preparação para a aproximação final ao oásis no dia seguinte.

Dia 4: Segundo Acampamento nas Dunas ao Oásis da Baixa Grande

Distância: 14 km | Elevação: 206 m

Nesse dia, a direção foi inteiramente noroeste até o primeiro ponto de pernoite no oásis. Ao amanhecer, foi possível observar a lagoa do acampamento com diferentes tons de azul.

Escondida pela escuridão, na noite anterior, não foi possível observá-la. As dunas apresentavam tonalidade ainda mais clara, com areia fina e seca, compondo um cenário ainda mais especial.

A caminhada até o oásis transcorreu de forma tranquila, passando por algumas lagoas ao longo do caminho. Antes da chegada, ainda houve tempo para aproveitar uma lagoa para banho.

Após o descanso, a caminhada continuou até a Baixa Grande, um dos principais oásis. Esse ponto de apoio conta com hospedagem em redes, os chamados redários. Além disso, oferece estrutura básica para os visitantes, incluindo refeições completas como café da manhã, almoço e jantar.

Chegando próximo ao oásis, a vegetação de restinga tornou-se cada vez mais evidente. Ao longe, destacou-se a casa de Dona Deti em meio ao verde. Bastou descer e subir mais uma duna para adentrar a restinga e chegar ao local.

No oásis, apesar de chegar tarde do dia, ainda foi possível solicitar o almoço. Os valores tanto da diária quanto das refeições estão detalhados na seção Custos da Travessia. O espaço conta com pontos de energia para carregar os equipamentos eletrônicos.

Após o almoço, os pertences foram levados para o redário, onde se pôde descansar nas redes até a hora do pôr do sol. Há vários pontos para apreciar o espetáculo nas dunas próximas, permitindo observar diferentes grupos espalhados pelo horizonte.

Dia 5: Oásis Baixa Grande ao Oásis Queimada dos Britos

Distância: 12 km | Elevação: 180 m

Esse dia foi marcado por mais lagoas, algumas de tom azul e outras de tom verde. Diferente dos dias anteriores, houve travessia de duas delas, ambas com água abaixo do joelho.

Feito o checkout no redário da Dona Deti, a caminhada seguiu para outra hospedagem na Queimada dos Britos.

A Queimada dos Britos é um dos agrupamentos familiares existentes ao longo do segundo oásis. Até então não havia certeza sobre em qual casa seria passada a noite, já que não tinha sido feita reserva.

Caso não seja desejável dormir novamente em redário, é possível caminhar mais alguns quilômetros e acampar nas dunas. Dessa forma, o dia seguinte fica encurtado, sendo até possível reduzir a travessia em um dia.

A noite foi tranquila no redário. O espaço das redes ainda tinha bastante lugares vagos, diferente do outro espaço ao lado que estava completamente cheio.

Uma das vantagens de dormir em redários é não precisar montar e desmontar acampamento, economizando tempo que pode ser usado para descanso e sono. Esse tempo pode ser aproveitado para acordar mais tarde.

Como já tinha costume de dormir em rede, foi possível descansar bem. Algumas agências e guias preferem iniciar a caminhada ainda de madrugada. Antes das quatro horas já havia pessoas se organizando para sair. Todos foram respeitosos e usaram lanternas para não atrapalhar. Apenas se virou e voltou a dormir.

Acordamos às 6h. Algumas pessoas ainda estavam terminando o café da manhã. O dia começou organizando a mochila e depois seguiu-se para o café, que já estava incluído na diária. Todos os valores pagos estão descritos na seção Custos da Travessia.

A caminhada começou pouco antes das 8h. No início seguiu-se pela rota tradicional, a mesma usada normalmente pelos guias. Avançou-se em direção noroeste, mas antes da travessia do Rio Negro foi escolhido um caminho alternativo, mais ao norte, retornando depois ao rumo noroeste até o segundo oásis. Como seria um dia mais curto e tranquilo, não havia preocupação com o tempo.

Foram encontradas belas lagoas, de cores verdes e azuis. Ao todo, oito lagoas apareceram no percurso, algumas bem maiores do que as dos dias anteriores.

Nesse trecho, as dunas são mais baixas e próximas umas das outras. As lagoas também são maiores e, dependendo da rota escolhida, em alguns casos a travessia delas é inevitável.

O trajeto seguiu em direção noroeste, atravessando dunas até uma lagoa onde houve uma pausa para descansar e tomar banho. O percurso foi tranquilo e solitário, sem encontrar outros viajantes de perto, já que essa região faz parte da zona de uso primitivo do parque.

Nesse dia também ocorreu a travessia do Rio Negro, em um ponto raso e sem correnteza, onde a água chegava ao joelho. Foi uma passagem simples e curta, em um dos momentos em que se optou por sair da rota tradicional da travessia.

Antes de chegar à Queimada dos Britos, houve parada em uma grande lagoa azulada para um último banho. Faltando menos de 3 km até o destino, seguiu-se por uma entrada discreta entre a vegetação, diferente da Baixa Grande, cuja chegada é visível de longe. O auxílio do GPS e do tracklog foi essencial nesse trecho.

Chegou-se à casa da Dona Maria por volta das 15h, onde foram recebidos pela Eliane. Apesar da hora, ainda foi possível almoçar e garantir as redes para a noite. O local, à beira de uma lagoa, oferecia boa estrutura, com banheiros próximos e chuveiros. Havia apenas quatro pessoas hospedadas, mas se a chegada tivesse ocorrido na noite anterior, não haveria vagas disponíveis.

Dia 6: Oásis Queimada dos Britos ao Terceiro Acampamento nas Dunas

Distância: 15 km | Elevação: 247 m 

Foi a última noite nas dunas antes de finalizar a travessia em Santo Amaro. O dia começou tranquilo, com parada para almoço e banho na Lagoa Emendadas. Diferente dos outros dias, houveram várias travessias de lagoas — todas rasas, com água chegando, no máximo, abaixo do joelho.

A noite no redário da Queimada dos Britos transcorreu de forma tranquila, com sono restaurador em rede. Às duas da manhã, houve movimentação de outras pessoas no espaço. Acordei, mas retornei ao descanso.

Por volta das 6h da manhã, as mochilas foram preparadas. Com tudo pronto, chegou a hora do café da manhã. O cardápio era o básico, o mesmo que foi servido no redário da Dona Deti. Contas acertadas com a Dona Maria, o percurso seguiu rumo às dunas.

Por volta das 8h, o restante do oásis começou a ser atravessado. O caminho segue por estrada de areia, com trechos de areia fofa, até o último ponto de apoio antes da duna fixa incrustada na vegetação — cerca de 2 km.

Pelo caminho, surgiam outros redários, dezenas deles, todos estruturados para pernoite e com restaurante. A infraestrutura era maior que a da Baixa Grande. Também foram observados uma escola pública, um bar e um cemitério.

Após pouco mais de 4 km, as dunas foram alcançadas novamente. Porcos foram avistados ao longe nas lagoas secas, fuçando o solo. O dia foi marcado por várias travessias de lagoas, sempre com água no joelho, podendo alcançar maior profundidade na época da cheia.

Após cinco lagoas, a Lagoa Emendadas foi alcançada — cerca de 7 km desde o início das dunas. A lagoa é bastante visitada por quem chega de carro de Santo Amaro ou Betânia. Chegou-se ao local por volta do meio-dia, e estava vazio. O tarp foi montado e a lagoa serviu para descanso e lazer.

Durante o almoço, a imensidão da lagoa proporcionou momentos de tranquilidade, seguido de breve descanso. Ao despertar, a chegada de mais pessoas tornou o local movimentado em pouco tempo.

Por volta das 15h, o percurso continuou. Ao longe, os carros estacionados foram avistados, e mais 2 km foram percorridos até encontrar um ponto adequado para acampamento. A barraca foi montada em uma pequena ilhota de areia, evitando levantar pó.

O pôr do sol foi apreciado a partir de uma duna próxima. Diferente dos outros dias, o horizonte estava limpo, sem nuvens, permitindo contemplar o pôr do sol completo, típico dos Lençóis Maranhenses — um espetáculo de cores e formas encerrando mais um dia de caminhada.

Dia 7: Terceiro Acampamento nas Dunas a Santo Amaro

Distância: 14 km | Elevação: 142 m 

A caminhada começou já passava das 8h — para quem pretende fazer esse trecho, vale a pena começar mais cedo, evitando o calor intenso do meio do dia.

Os primeiros 5 km não oferecem lagoas impressionantes, mas a primeira que surgiu foi uma das maiores da travessia. Com cerca de 1,5 km, certamente está entre as maiores do parque. Tivemos sorte: ela não estava totalmente cheia, e foi possível atravessá-la cortando caminho.

Pouco depois, os carros de turistas começaram a aparecer ao longe, sinalizando a chegada aos setores mais frequentados por quem vem de Santo Amaro. Paramos na próxima lagoa para um banho rápido antes de seguir para a cidade. A partir dali, todas as lagoas estavam bastante movimentadas.

Entre as mais famosas estão a Lagoa das Andorinhas, a Lagoa das Gaivotas e a Lagoa do Recanto. A Lagoa das Andorinhas foi visitada, mas, por descuido, as demais não foram contempladas. Ainda foi pensado em corrigir a rota, mas o cansaço falou mais alto, e o percurso seguiu em frente.

No caminho para a cidade, ainda passa por mais seis lagoas, incluindo uma com tirolesa. A estrutura parecia nova, com as madeiras aparentemente recém-instaladas.

Próximo à saída, o tráfego de carros e quadriciclos aumenta consideravelmente, sem separação clara entre veículos e pedestres, exigindo atenção redobrada.

Bem próximo da saída, há um posto de fiscalização municipal, mas ele se destina apenas ao controle de passeios com veículos motorizados. A travessia foi concluída por volta das 14h. Na rua, vários carros aguardavam turistas comprando entradas para o parque.

O destino final foi uma pousada reservada previamente, que por sorte ficava bem próxima da saída. Após caminhar algumas centenas de metros, chegamos ao local. O contato desta e de outras opções pode ser encontrado na seção Contatos.

Dicas Práticas para os Lençóis Maranhenses

Algumas recomendações simples que podem tornar sua experiência mais confortável, segura e aproveitar melhor o cenário único das dunas e lagoas.

Calçado

Para caminhar, utilizei papete com meia. Embora algumas pessoas sugiram usar apenas meias ou ir descalço, acredito que essa abordagem funciona melhor para quem já está acostumado a caminhar descalço. Como não é o meu caso, preferi a papete.

Nas travessias de lagoas, ela vai molhar e acumular areia, mas a meia ajuda a proteger a pele da abrasão. Para contornar a presença de areia nos pés, usei uma meia com a frente dos dedos e o calcanhar abertos, o que ajudou a “escoar” mais a areia dos pés.

Uma coisa é certa: calçados fechados não são ideais. Ao descer as dunas, o pé afunda e o tênis ou a bota enche de areia.

Além disso, durante a travessia das lagoas, o calçado inevitavelmente vai molhar e atrair mais areia. Algumas pessoas usam polainas para evitar a entrada de areia, mas não cheguei a testar essa combinação.

Convivendo com a Areia

Caminhar pelos Lençóis é aprender a conviver com a presença constante da areia, principalmente quando estamos no acampamento. Com o tempo, a gente aprende a abstrair as que ficam na gente ou relevar aquelas que vem junto com a nossa comida.

Aqui vão algumas dicas para lidar melhor com ela:

  • Colírio para os olhos: em quase todos os dias estava com areia nos meus olhos. Tenha um colírio lubrificante à mão para aliviar o desconforto caso a areia entre nos olhos;
  • Toalha de microfibra: útil para remover o excesso de areia dos equipamentos ou de dentro da barraca;
  • Acampamento próximo às lagoas: sempre procure armar a barraca próximo das lagoas, principalmente na parte onde a areia é mais firme;
  • Evite areia solta: evite áreas ao redor de areia solta;
  • Direção do vento: prefira locais onde o vento sopra na direção da areia mais compactada ou da água de uma lagoa, por exemplo;

Equipamentos

  • Tarp ou Lona: se possível leve um tarp para montar e se proteger do sol durante o horário mais quente do dia;
  • Bastão de caminhada: caso utilize bastão de caminhada, utilize uma ponteria no bastão para evitar que ele afunde. Isso já é suficiente, mas caso queira mais proteção, também utilize uma cesta curta para areia;
  • Para-vento no fogareiro: o vento é constante e forte, utilize sempre um para-vento para seu fogareiro, seja ele a gás ou a álcool;

Acampamento

  • Espeques maiores para a barraca: garantem estabilidade mesmo em dunas com vento forte. Utilizei espeques no tamanho de 23 cm;
  • Assegure estabilidade: compacte a areia com os pés onde fincara os espeques;
  • Observe a direção do vento: se possível coloque a porta da barraca na posição contrária ao vento;

Segurança e Conforto

  • Água para beber: Ao coletar água das lagoas, filtrar e tratar com clorin ou água sanitária antes de beber. Apesar de formadas por água da chuva, as lagoas podem ser contaminadas por animais;
  • Óculos de sol: lembre-se de usar óculos de sol pelo menos com proteção uva e uvb;
  • Cuidado com o sol: evite caminhar no horário mais quente do dia, use chapéu, protetor solar e roupas leves de proteção;

Contatos

Estas empresas oferecem serviços confiáveis e confortáveis, tornando sua logística pelos Lençóis Maranhenses muito mais tranquila.

Caso sua empresa não esteja na lista, basta enviar seu dados pelo formulário de contato. Não custa nada e é super simples!

⛺Loja de Camping e Pesca

Isopor e Companhia
  • Loja com artigos para camping na cidade de Barreirinhas
  • Contato:

🚐 Empresas de Transfers

MDM Turismo

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Transfer Barreirinhas

JC Turismo – Santo Amaro
  • Transfer: São Luís ↔ Santo Amaro
  • Horários: Saídas diárias às 4h00 de São Luís, e às 13h00 de Santo Amaro
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Mirotur Turismo – Santo Amaro
  • Transfer: São Luís ↔ Santo Amaro
  • Horários: Saídas diárias às 4h00 de São Luís, e às 13h00 de Santo Amaro
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🚤Empresas das Voadeiras

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