Travessia Borborema x Bananeiras via Cachoeira do Roncador

ParaíbaNordeste1 mês atrás80 Visualizações

Uma travessia pelos caminhos históricos da antiga Estrada de Ferro Independência ao Picuhy

Este roteiro foi publicado originalmente no meu Wikiloc em 2020 e agora está disponível aqui no site. Para conhecer sobre o projeto TemTrilha, visite a página Sobre.

Informações

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Travessia de 25 km entre as cidades de Borborema e Bananeiras, realizada em 2 dias de forma autônoma, com acampamento selvagem.

O percurso une natureza e história, passando por trechos da antiga ferrovia e outros marcos históricos e naturais. Entre os destaques está a famosa Cachoeira do Roncador.

Estou disponibilizando este roteiro autoral para que você possa planejar sua aventura, aproveitando cada parada e cada detalhe da região.

O percurso foi cuidadosamente planejado para conectar as atrações turísticas existentes, utilizando apenas trilhas e estradas já disponíveis — sem abertura de novos caminhos. Todo o trajeto foi elaborado por mim, sem recorrer a tracklogs pré-existentes.

Conhecer os pontos turísticos de Borborema e Bananeiras era um antigo desejo. As fotos dos locais sempre chamavam minha atenção, mas foi só durante pesquisas e conversas com moradores durante a caminhada que percebi o quão ricos historicamente são cada um desses pontos.

Até então, nunca havia tido a oportunidade de explorá-los por conta própria — nas visitas feitas por agências, sempre surgia a curiosidade de ir sozinho, mas me faltava experiência. Após alguns estudos em geo-planejamento, surgiu a ideia de visitá-los através de uma travessia.

Essa travessia nasceu dos meus primeiros aprendizados sobre planejamento de atividades outdoor. À medida que aprofundava meus estudos, sentia cada vez mais a necessidade de colocar esse conhecimento em prática no campo.

Por se tratar da minha primeira experiência em trekking, a maior parte do percurso planejado foi por estrada rural. Ele possui poucas trilhas e grande presença de casas de moradores e sítios pelo caminho. Essa escolha facilitou a navegação, o deslocamento, a possibilidade de comunicação com moradores locais e, em caso de imprevistos, a possibilidade de evacuação.

O cenário escolhido revelou-se ideal, combinando áreas rurais com zonas mais remotas. O objetivo era percorrer a travessia de Borborema até Bananeiras, seguindo alguns dos antigos caminhos do trem, com acampamento de 2 dias. Além do valor histórico, o percurso inclui atrações naturais, como a Cachoeira do Roncador.

A travessia situa-se na região do Brejo paraibano, onde, entre junho e agosto, há maior probabilidade de chuva e temperaturas mais amenas (18°C a 26°C). Com uma boa brecha no tempo, esse é o período ideal para percorrer a rota. 

No entanto, como realizei a travessia em um dos meses mais quentes, com temperaturas variando entre 22°C e 34°C, foi necessário adaptar a caminhada: aproveitamos as primeiras horas da manhã, mais frescas, e descansamos à sombra das árvores presentes na região durante o período mais quente do dia. 

Bons ventos e temperaturas amenas logo no início da manhã permitiram percorrer boas distâncias enquanto aproveitamos as paisagens brejeiras. Quanto ao percurso, o trajeto começou na cidade de Borborema e terminou na antiga estação ferroviária de Bananeiras.

O caminho seguiu, em grande parte, a antiga ferrovia e as estações que ligavam o ramal de Borborema a Bananeiras.

Como Chegar

Por se tratar de uma travessia, é necessário planejar a logística tanto para o deslocamento até o início da trilha quanto para o resgate ao final dela.

Na primeira vez que fiz essa travessia, percorri o percurso sozinho, hospedando-me um dia antes em uma pousada em Bananeiras. No dia seguinte, utilizei um moto-táxi para chegar ao início da trilha.

Desta vez, como estávamos em cinco pessoas, decidimos alugar uma casa em Bananeiras pelo final de semana, o que saiu mais em conta. Deixei o contato da casa na seção Contatos caso queira ficar por lá.

No dia seguinte, fomos de carro até a residência do nosso anfitrião em Borborema, próxima ao início da trilha, e deixamos os veículos lá. Em seguida, ele nos levou até o começo do percurso. Também acertamos um valor para que ele nos buscasse no final da trilha em Bananeiras e nos levasse de volta ao início, se necessário.

Outra opção é deixar o carro em Bananeiras e utilizar transporte local até o início da trilha. Moto-táxis ou carros alternativos estão disponíveis na rodoviária da cidade.

A travessia começa em uma estrada rural às margens da PB-087 (um pouco antes de chegar a Borborema). Caso prefira, você também pode iniciar o percurso dentro da cidade de Borborema, a partir da antiga estação ferroviária.

Travessia

A jornada começa em Borborema e segue rumo a Bananeiras, percorrendo cerca de 25 km. Realizada em 2 dias, a trilha foi completamente autônoma, com acampamento selvagem, oferecendo a sensação de total imersão na natureza.

Durante o caminho, você encontrará trechos da antiga ferrovia do ramal Bananeiras e outros pontos históricos que revelam a rica história das duas cidades.

A travessia mistura trechos de trilha com longos trechos de estrada rural, o que torna a navegação mais tranquila e a caminhada mais confortável. Pelo caminho, encontramos trilhas já existentes e pontos turísticos conhecidos da região, que revelam um pouco da história e da paisagem local.

O primeiro dia tem início às margens do açude de Borborema e segue contornando a Serra da Samambaia até a Cachoeira do Roncador.

Após aproveitar um banho refrescante na cachoeira, o percurso continua rumo ao acampamento selvagem, localizado no alto de uma serra na região de Borborema. O esforço é recompensado: do alto, a vista panorâmica revela a beleza da região de uma perspectiva que só quem enfrenta a subida consegue apreciar.

O segundo dia é mais tranquilo, percorrendo estradas rurais até o ponto final na antiga estação de Bananeiras. Cada passo oferece a oportunidade de apreciar a paisagem, absorver a história local e notar os detalhes do caminho, tornando a travessia uma experiência completa.

Confira, a seguir, o relato completo da travessia, com orientações de logística e curiosidades do caminho.

Dia 1: Borborema ao Acampamento na Serra

Distância: 17,5 km | Elevação: 533 m

A travessia tem início em uma estrada rural às margens da PB-087 (à esquerda de quem chega a Borborema vindo de Bananeiras), a cerca de 800 metros da entrada da cidade. O caminho segue por essa estrada contornando o açude municipal. Caso queira, você também pode começar do centro da cidade de Borborema.

Inicialmente por estrada de terra, mais adiante, começa o trecho de calçamento que já conduz ao centro urbano. Após uma leve subida, surge a Capela de São Sebastião, considerada a primeira capela erguida no local, ainda na época em que Borborema se chamava Vila de Camucá.

O caminho segue pela estrada rural, contornando o açude de Borborema. Em poucos metros, surge o primeiro atrativo do dia: a antiga Usina Hidrelétrica de Borborema. Ao contornar o açude Canafístula, à esquerda, os paredões de concreto da antiga usina surgem imponentes na paisagem. 

É curioso pensar que, em meio a esse cenário rural, funcionou a primeira usina do Nordeste a aproveitar a força natural das águas para gerar energia elétrica. O projeto, feito por engenheiros alemães, lembra em miniatura as hidrelétricas modernas e dá um contraste interessante com a tranquilidade do lugar.

Tomando como referência a Serra da Samambaia à esquerda, o caminho agora segue até o Túnel da Serra da Samambaia. Logo adiante, o percurso já segue pela antiga estrada da ferrovia.

A cada passo, a estrada rural se afunila, até se transformar praticamente em um corredor estreito e plano, feito sob medida para a passagem de um trem. 

Como se trata da estrada de uma antiga ferrovia, o trecho começava a ganhar um ar de trilha: o mato avançava pelas laterais, a vegetação se fechava e a sensação era de estar adentrando um caminho quase esquecido.

Mesmo sem os trilhos, o traçado e a estrutura do terreno deixavam clara a presença marcante da antiga ferrovia, como se o silêncio guardasse a memória das locomotivas que um dia cruzaram por ali.

Pesquisando um pouco sobre a história da linha, descobri que na época ela era chamada de Estrada de Ferro Independência ao Picuhy. O traçado tinha como objetivo ligar a estação de Independência (atual Guarabira) até a localidade de Picuhy (hoje Picuí). Sendo também um ramal da antiga estrada de ferro que ligava o sertão ao litoral.

Ao longo do percurso, foram construídas as estações de Guarabira, Pirpirituba, Borborema, Manitú e Bananeiras. O primeiro trecho foi entregue em 1910, mas somente em 1925 os trilhos alcançaram Bananeiras.

Foram 15 anos para concluir apenas 35 km de ferrovia — que deveria avançar ainda outros 35 a 40 km até Picuí, mas esse plano nunca saiu do papel. Assim, Bananeiras acabou se tornando o ponto final da linha.

A estação de Borborema, chamada na época de Vila de Boa Vista, foi inaugurada em 1913 pela companhia Great Western, funcionando como passagem do ramal. Antes dela, em determinado trecho, a antiga estrada férrea acompanhava o contorno da serra, a cerca de 300 metros de altitude, reforçando o quanto o trajeto se integrava à geografia local.

Hoje em dia, apesar dos trilhos não estarem mais presentes, ao longo do percurso é possível ver várias estruturas da antiga estrada de ferro. 

Ao me aproximar do túnel, a sensação de estar caminhando pela história se tornava ainda mais forte. A estrada se fechava em curvas suaves, até que, de repente, a escuridão da entrada do Túnel da Serra da Samambaia surgiu diante de mim, imponente e silenciosa. 

Após encontrar um entrave natural na serra, a estrada só pôde prosseguir com a construção de um túnel. Todo esculpido em rocha, o túnel foi o primeiro desse tipo construído na Paraíba, entre 1911 e 1913. 

Com cerca de 52 metros de comprimento, sua principal particularidade é ser curvo — provavelmente um desvio proposital, já que há indícios de que deveria ser reto. Por conta dessa curvatura, não há iluminação natural no meio do túnel, o que cria um ambiente ideal para a presença de morcegos, mesmo durante o dia.

As paredes de pedra, marcadas pelo tempo, transmitiam um certo mistério, como se guardassem histórias de cada locomotiva que passou por ali. 

Foi possível notar que apenas uma das extremidades do túnel — no sentido Pirpirituba–Borborema — recebeu revestimento adequado. A outra extremidade, no sentido Borborema–Pirpirituba, permanece em estado bruto, sem qualquer acabamento, revelando a textura natural da rocha.

Hoje em dia, nenhum trilho permanece. Apesar de a estrada não ter sido reaproveitada para passagem de veículos até Borborema, nenhuma dormente sobreviveu para contar a história.

Atualmente, o caminho é utilizado apenas como acesso para pedestres, já que uma outra estrada para carros percorre a base da serra — não se sabe se esta foi construída antes ou depois da ferrovia.

Seguindo em direção à cidade de Pirpirituba, chegamos à estrada que corta o vale. A partir dali, já era possível avistar, à esquerda, o prolongamento da Serra da Samambaia e ter uma noção do esforço necessário para alcançar o topo da serra, para então depois a Cachoeira do Roncador.

O acesso à subida até a Cachoeira do Roncador passa pela propriedade particular de Seu Janduí, que gentilmente permitiu a passagem por suas terras.

A casa dele fica ao sul da cachoeira, e o acesso se dá pelo waypoint chamado “Colchete da Casa de Janduí”. Ao chegar, é importante pedir autorização e informar que você está indo até a cachoeira.

A subida foi exigente, em um terreno de terra batida típico dos morros do agreste. Com algumas pausas curtas para descanso, avançamos da cota de 132 metros até 326 metros, enfrentando trechos bem íngremes.

Do colchete da casa até a bifurcação da trilha para a cachoeira são cerca de 500 metros, e depois mais 500 metros até a própria cachoeira.

Essa parte da trilha é bem aberta e demarcada, sem grandes dificuldades. Próximo à cachoeira, há ainda um restaurante e bar, que oferece refeições e bebidas.

A Cachoeira do Roncador estava com bastante água, e depois de aproveitar um pouco o local, seguimos para o topo da queda. A subida é feita por uma trilha à esquerda da cachoeira.

No topo, dependendo do volume de água, é possível tomar banho e apreciar a vista panorâmica do local.

A trilha então retorna um pouco por onde veio e contorna, à esquerda, uma grande rocha. A partir daí, inicia-se uma subida até encontrar uma encanação branca, que deve ser seguida até chegar a uma estrada mais acima. Alguns trechos podem estar parcialmente fechados devido à vegetação.

Após essa subida, a trilha segue em direção oeste, percorrendo novamente uma estrada rural até alcançar o distrito de Vila Maia, pertencente a Bananeiras. O distrito conta com dois mercados, ideais para uma parada rápida. 

Depois de atravessar a comunidade, o percurso segue por um trecho margeando a PB-087. Devido à presença de muitas propriedades particulares, não foi possível evitar a estrada nesse ponto — a ideia inicial era utilizar algum caminho mais ao norte, à direita da pista, mas não foi viável.

Após deixar a pista, o caminho retoma uma estrada rural até chegar à Antiga Estação Manitú. Inaugurada em 1922 pela Great Western, está localizada no atual distrito de Manitú, que pertence a Borborema.

Durante alguns anos, foi a estação final do ramal, até que, em 1925, a estação de Bananeiras foi inaugurada, passando a ocupar o papel de destino final da ferrovia.

Foi interessante observar os prédios com arquitetura antiga e o crescimento do povoado ao redor da antiga estação. Mesmo hoje, a estação ainda se mantém de pé, embora bastante degradada.

Após a visita a Manitú, inicia-se o trecho com as subidas mais acentuadas da travessia. O acampamento está situado no topo de uma serra, às margens do açude Canafístula II, a 562 m de altitude, oferecendo uma vista privilegiada do vale e da região ao redor.

A chegada permitiu tempo suficiente para montar a barraca e contemplar o pôr do sol sobre a serra de Borborema. O local funcionava como um verdadeiro mirante, oferecendo vista panorâmica da cidade e dos mares de morros ao redor, tão característicos desta região.

Foi interessante notar, durante o primeiro dia, que grande parte da mata atlântica das serras foi devastada para dar lugar à agricultura e à criação de gado. Apenas algumas manchas remanescentes de vegetação ainda persistem, lembrando o que antes cobria toda a região.

Por estar próximo à cidade, também foi possível avistar Borborema ao fundo durante a chegada e, à noite, observar as luzes da cidade iluminando a paisagem.

Dia 2: Acampamento na Serra à Antiga Estação de Bananeiras

Distância: 11.6 km | Elevação: 262 m

No dia seguinte, acordei cedo para tomar café, desmontar o acampamento e aproveitar o horário menos quente para iniciar a caminhada. Ainda restavam alguns quilômetros até alcançar a antiga estação de Bananeiras.

Esse dia da travessia se mostrou mais tranquilo, com mais trechos de descida e apenas algumas subidas, especialmente se comparado ao primeiro dia. Eu ainda carregava água do dia anterior, mas ao longo do caminho, já próximo ao acampamento, há casas que podem fornecer um pouco de água, caso seja necessário.

A trilha segue em direção noroeste rumo à Bica dos Cocos, a qual fica na região de Bananeiras. Após uma breve caminhada já estava em Bananeiras e alcançamos o maior ponto de elevação da travessia (591 m). Lá de cima tinha uma vista do vale cortando Borborema e Bananeiras e das serras no entorno.

Siga pela estrada até encontrar, à direita, uma porteira que dá acesso a uma propriedade privada. No dia, a mesma, encontrava-se aberta. Após uma descida, avistamos a casa da fazenda antes do ponto de entrada, que leva à antiga estrada da linha férrea. Essa estrada é a continuação do trecho da estrada de férro, que liga a estação de Manitú a Bananeiras. 

Saindo da estrada, chegamos ao restaurante Bica dos Cocos, que fica situado em uma reserva de mata atlântica. O local oferece comida regional e cobra uma taxa de entrada de R$ 20, que pode ser convertida em consumação. Para mais informações sobre a Bica dos Cocos, consulte a seção Contatos.

Afastado da cidade, é um ponto de turismo rural bastante frequentado. Aproveitei o espaço para almoçar, descansar e esperar passar o horário mais quente do dia — afinal, ninguém é de ferro.


Após essa parada estratégica, a travessia segue em direção ao Túnel da Serra da Viração, em Bananeiras. No retorno, pelo mesmo caminho, acessa-se novamente a estrada dos antigos trilhos. Nesse trecho, a caminhada avança por um longo tempo sobre a antiga ferrovia, ainda perceptível pelo formato da via.

Os trilhos cortavam o meio da serra até chegar à estação de Bananeiras. Hoje, assim como em Borborema, os trilhos não existem mais. Apesar de a estrada ter sido reaproveitada para automóveis — ao contrário de Borborema —, por ali também passava a antiga estrada dos sonhos.

Por não haver mais a presença visível dos trilhos, é difícil imaginar que um trem percorreu esse caminho. No entanto, ainda foi possível observar uma das estruturas de concreto utilizadas para escoamento de água, um verdadeiro legado da ferrovia que não foi removido nem coberto pela terra.

A construção da ferrovia exigiu enorme esforço humano, com muitos trechos de pedra na serra precisando ser quebrados. Por conta desses obstáculos, a linha demorou anos para ser concluída. É realmente lamentável que tão pouco tenha sobrado para contar essa história.

Além desses trechos, outro fator que aumentou a complexidade e o tempo de construção da ferrovia foi o túnel da Serra da Viração. Para alcançar a estação de Bananeiras, o túnel de pedra possui 202 metros de extensão, atravessando completamente a serra.

Quando fiz a travessia em 2020, a boca do túnel no sentido da estação estava sendo calçada, enquanto o outro lado já havia recebido o acabamento há algum tempo. O Túnel da Serra da Viração, todo talhado em pedra, foi um dos grandes desafios da construção da ferrovia.

Curiosamente, a estação de Bananeiras foi construída em 1922, antes mesmo da conclusão dos trilhos. Só em 1925, após a finalização da linha férrea, foi oficialmente aberta para o tráfego; antes disso, funcionava de forma provisória. Todo esse histórico reflete a complexidade da construção da estrada, que ficou evidente ao longo da travessia.

Saindo do túnel, chegamos à estação de Bananeiras, ponto final da travessia. Embora os trilhos não existam mais, a estação permanece como prova viva da passagem do trem, um legado importante para as próximas gerações. Atualmente, o espaço da estação é utilizado como hotel.

Muito antes da construção da linha férrea, em 1852, Bananeiras já era o maior produtor de café da Paraíba e o segundo do Nordeste. Havia a esperança de que, com a chegada do trem, a produção de café chegasse mais rapidamente aos grandes centros. 

No entanto, o trem só chegaria 72 anos depois. Infelizmente, uma praga devastou o café em 1923, de modo que o trem só chegou quando a cultura já havia sido dizimada.

Após o fim do café, a ferrovia passou a transportar produtos estratégicos da economia regional, como cana-de-açúcar, fumo, arroz, e, posteriormente, sisal, além de servir ao transporte de pessoas. Entretanto, com o incentivo crescente do governo à indústria automobilística e à construção de estradas, o trem foi perdendo espaço gradualmente.

Em 1966, o trem deixou de circular pelo ramal, e em 1970, o ramal foi oficialmente suprimido. Hoje, apenas as estações e prédios administrativos permanecem de pé. Toda a linha férrea desapareceu, e em alguns trechos deram lugar a estradas para carros e plantações de banana.

Nenhum trilho restou de lembrança para as gerações futuras restando apenas na memória das pessoas com mais idade de que naquela estrada de sonhos passara um trem.

Contatos

Estes contatos oferecem serviços confiáveis e confortáveis, tornando sua logística muito mais tranquila.

Caso sua empresa não esteja na lista, basta enviar seu dados pelo formulário de contato. Não custa nada e é super simples!

🛏️ Hospedagens

🏡 Casa Alugada em Bananeiras

🍴 Restaurantes

🍛 Bica dos Cocos

Dicas e Recomendações

  • Leve seu lixo de volta, feche as porteiras/tronqueiras, evite danificar as cercas;
  • Lembre-se, você é inteiramente responsável ao decidir e realizar a trilha. Use por sua conta em risco. As informações presentes aqui visam apenas serem informativas e auxiliares;
  • Nível de orientação intermediário, recomendada apenas para quem tem habilidade com GPS offline ou mapa e bússola;
  • Esforço físico moderado pela distância e terreno, possuindo algumas subidas e descidas íngremes. Para iniciantes ou pessoas sem condicionamento físico pode ser uma trilha de alta dificuldade principalmente devido ao peso da mochila;
  • Propriedades particulares no caminho, seja gentil e peça permissão para passagem;
  • Planeje bem a quantidade de água, principalmente se for fazer na época da estiagem;
  • Comunidades no percurso é importante o silêncio e respeito aos costumes locais. Seja gentil e peça permissão para passagem;
  • A progressão da trilha depende do terreno, estado da trilha, da sua condição física, da navegação, etc. Se conheça primeiramente para poder chegar com segurança antes do final do dia no acampamento. Alguns pontos de acampamento intermediários podem ser encontrados no caminho;
  • A maior parte da trilha é exposta ao tempo, protetor solar e chapéu são importantes;

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